Envelhecer não é só Perder, também é Ganhar

O processo de envelhecimento interessa-nos a todos (e não apenas aos cidadãos seniores), pois todos passamos por esse processo (e seremos cidadãos seniores um dia).

Quando ouvimos falar sobre envelhecimento este é, muitas vezes, associado apenas aos idosos e a um processo negativo, com consequências maioritariamente desagradáveis. Existem vários preconceitos e estereótipos, atitudes, crenças e suposições erradas relativamente ao processo de envelhecimento e aos adultos mais velhos. Estas ideias centram-se muito na diminuição das capacidades e do valor dos cidadãos seniores e acabam por influenciar as expectativas e as experiências de vida dos idosos em diferentes áreas (como a saúde o trabalho ou o lazer). No entanto, é falso que os adultos mais velhos sejam menos produtivos, mais resistentes à mudança, menos capazes de lidar com a tecnologia ou mais frágeis, por exemplo.

Na verdade, o envelhecimento é um processo que começa no momento em que nascemos e que ocorre ao longo de toda a vida. Continuamos a mudar e a desenvolver-nos após a infância e a juventude. Apesar de ser um processo desafiante, também é positivo e traz vantagens. Por exemplo, mais sabedoria, maturidade emocional, mais capacidade de usar estratégias para lidar com problemas complexos e dar sentido e significado à vida.

Quando falamos em envelhecimento pensamos muito no que acontece ao nosso corpo, mas o envelhecimento não acontece apenas a nível biológico. Para além de podermos ficar com mais cabelos brancos ou mais vulneráveis a algumas doenças, há outras mudanças: psicológicas (as experiências pelas quais passamos ao longo da vida vão-nos moldando a nós e aos nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos), nos papéis que desempenhamos (por exemplo, sem filhos/com filhos, empregados/desempregados/reformados), na nossa identidade (na forma como nos vemos a nós próprios e às nossas características e competências), na nossa rede de apoio social (os familiares e amigos que vêm e vão), nos nossos objectivos, motivações, prioridades e preferências.

Envelhecer não significa apenas perder, também significa ganhar. Apesar das perdas inevitáveis que o envelhecimento nos traz, pode ser bom envelhecer. Envelhecer não tem de significar perder direitos, dignidade, autonomia e participação cívica. Pelo contrário, um envelhecimento saudável e bem-sucedido permite-nos adaptar às circunstâncias que mudam na nossa vida, mantendo-nos activos e satisfeitos a todos os níveis. À medida que envelhecemos podemos e devemos continuar a investir na nossa vida e no nosso desenvolvimento.

Para além de poderem manter a sua Saúde Psicológica e Bem-Estar, vivendo uma vida com significado e realização pessoal, os cidadãos seniores podem dar contributos essenciais para a sociedade – enquanto indivíduos, membros de uma família e comunidade, voluntários, cuidadores ou trabalhadores activos.

A nossa atitude face ao envelhecimento faz diferença?

Sim, faz muita diferença. Faz diferença no nosso próprio envelhecimento, pois a nossa atitude (mais positiva ou mais negativa) afecta a nossa Saúde (física e psicológica). Uma atitude negativa face ao envelhecimento pode levar-nos a ter expectativas desadequadas e a desinvestir da adopção de um estilo de vida saudável, das nossas relações sociais, da aprendizagem e desenvolvimento pessoal. Pelo contrário, uma atitude positiva ajuda-nos a ter expectativas realistas face ao processo de envelhecimento e está associada a uma melhor gestão das adversidades, mais bem-estar, maior investimento nas relações sociais e diminuição do risco de doenças e de mortalidade.

E também faz diferença do ponto de vista social. O idadismo – quando discriminamos alguém com base na sua idade (por exemplo, quando consideramos que alguém, apenas por é mais velho, é mais frágil ou dependente, mais resistente às mudanças menos competente, criativo ou interessado) – reforça as desigualdades sociais e tem repercussões na forma como, enquanto sociedade, envelhecemos.

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