Agressividade e Violência

Todos/as nos sentimos zangados de vez em quando. É uma resposta natural se nos sentimos atacados, insultados, enganados, frustrados ou incompreendidos. Normalmente, quando isso acontece, expressamos a nossa zanga e seguimos em frente.

No entanto, a raiva que sentimos pode fazer-nos ficar ansiosos e irritáveis, e é difícil lidar com ela de modo construtivo. O nosso coração bate mais depressa, respiramos e reagimos mais rápido e nem sempre conseguimos pensar bem. Às vezes reagimos de uma forma da qual nos arrependemos mais tarde: podemos gritar, chamar nomes, bater em alguém ou partir objectos. Por vezes, há problemas de Saúde Psicológica associados que podem contribuir para uma reacção exagerada (por exemplo, depressão, ansiedade, problemas de sono, consumo de álcool ou drogas ou problemas alimentares).

Estar zangado não é um problema. Mas a forma como lidamos com a zanga e a raiva pode ser. A zanga torna-se um problema quando nos zangamos muito depressa e muito frequentemente (às vezes por “coisas pequenas), quando expressamos a zanga de forma e em alturas desadequadas ou quando nos tornamos agressivos/as ou violentos/as ou nos magoamos os outros ou a nós.

Embora normalmente associemos o termo violência ao uso da força física – algo que deixa uma marca visível na pessoa que é agredida (nódoas negras, cicatrizes, feridas ou inchaços, por exemplo) –  a violência inclui qualquer forma de uso intencional da força, coacção ou intimidação com a finalidade de lesar a integridade, os direitos e necessidades de outra pessoa. O exercício de violência pode incluir:

  • Violência Física. Quando somos empurrados, agarrados ou presos, nos atiram objectos, nos dão bofetadas/pontapés/murros, nos ameaçam de nos bater, nos bloqueiam a porta ou a saída, não nos deixam sair de determinado sítio.
  • Violência Sexual. Quando somos obrigados a praticar actos sexuais contra a nossa vontade ou quando somos acariciados/tocados sem que queiramos.
  • Violência Verbal. Quando nos chamam nomes ou gritam, nos humilham ou fazem comentários negativos sobre nós, nos intimidam e ameaçam.
  • Violência Social. Quando nos envergonham ou humilham em público, sobretudo junto de amigos; quando mexem no nosso telemóvel ou vigiam o que fazemos nas redes sociais sem permissão; quando somos proibidos de conviver com os nossos amigos e família.
  • Violência Digital. Quando entram nas nossas contas de email, Facebook, etc., quando controlam o que fazemos nas redes sociais, quando perseguem os nossos perfis.
  • Violência Emocional e Psicológica. Quando controlam a nossa forma de vestir, controlam os nossos tempos livres e o que fazemos durante o dia, nos ligam constantemente ou enviam mensagens, ameaçam terminar a relação como estratégia de manipulação, nos dizem que mais ninguém ficaria connosco, nos fazem sentir culpados/as por alguma coisa que fizemos que não foi errada, nos fazem sentir que não merecemos ser amados/as, nos dizem que somos nós que provocamos a violência. Saber mais aqui.

– Se sente que não consegue expressar a nossa raiva e a nossa zanga de forma segura, procure ajuda.Um Psicólogo/a pode ajudar a controlar a sua agressividade e a gerir problemas de Saúde Psicológica associados.

Se sente que é alvo de violência e precisaurgentemente de falar com alguém, LIGUE para a Linha de Aconselhamento Psicológico SNS 24 (800 24 24 24, opção 4).

Se sente que a sua vida corre perigo, LIGUE 112.

Se conhece alguém que está a passar por uma situação de violência, disponibilize-se para escutar, sem realizar julgamentos. Aconselhe essa pessoa a pedir ajuda.

Contactos Úteis:
– Serviço de Informação às Vítimas de Violência Doméstica da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (800 202 148 – Linha gratuita, 24h)
– SMS para o número 3060
– Email para violência.covid@cig.gov.pt
– APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (21 358 7900)
– UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta (218 873 005)
– Linha de Emergência Social (144)
– SOS Criança (116 111 – Ensine este número a crianças em risco)

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