A Atitude Certa para a Pesquisa de Emprego

Muito frequentemente a pesquisa de emprego é acompanhada de uma série de pressões externas que acabam por ser o que nos impulsiona para a ACÇÃO:

compromissos financeiros condicionados pela redução ou ausência de rendimento, sentimentos negativos motivados pela ausência de ocupação profissional, pressão social, entre outros.

Se todos estes motivos para que nos sintamos pressionados são reais, a verdade é que não nos ajudam numa atitude para a pesquisa de emprego que seja a mais favorável.

Devemos tentar encontrar, através da REFLEXÃO e do PLANEAMENTO:

  • Esperança de que iremos conseguir, em breve, alcançar uma oportunidade de emprego;
  • Capacidade de nos motivarmos, antecipando resultados positivos;
  • Confiança nas nossas competências e capacidade de superação – lembre-se de todas as vezes que já superou dificuldades;
  • Resiliência para enfrentar ausência ou demora nas respostas, ou a rejeição dos nossos esforços – recorde-se a si mesmo do seu valor e de como uma “nega” não o define.

O que tenho para oferecer? (VS o que eu quero)

Um dos erros que por vezes se comete quando estamos a procurar emprego é estarmos tão centrados nas nossas necessidades que todo o nosso discurso fica fixado nisso. E quem nos ouve (o nosso potencial empregador, alguém conhecido que pode saber de uma oferta de emprego) precisa de saber é o que nós temos para oferecer. O que é que aquela empresa pode ganhar com o meu contributo?

MENOS

_____ MAIS

  • Preciso muito de um emprego

  • Acredito que posso ser a pessoa indicada para a função xxxxx
  • Gosto muito de trabalhar em xxxx e sempre sonhei trabalhar na EMPRESA…

  • À semelhança dos resultados que alcancei na coordenação de xxxx na minha experiência anterior na indústria XPTO, sei que poderei igualmente contribuir para que a EMPRESA  alcance os seus objectivos.
  • Acho que este emprego seria para mim uma oportunidade de crescimento e uma forma de ganhar experiência.

  • Estou motivado para esta função e acredito que conseguirei com rapidez aprender os procedimentos de xxxx e assim dar resposta às necessidades da EMPRESA.

A proactividade planeada (VS proactividade sem critério)

Na pesquisa de emprego procuramos ser, e bem, proactivos. Ou seja, não ficamos passivamente a aguardar pela resposta a um determinado anúncio a que nos candidatámos, ou não aguardamos que alguém conhecido nos informe de uma vaga. Para além de fazermos as nossas pesquisas, muitos investem em candidaturas espontâneas.

Uma candidatura espontânea é, no fundo, um contacto proactivo com uma entidade/empresa/organização que poderá não estar de momento a procurar activamente um novo trabalhador. Dessa forma, a abordagem é no sentido de se procurar criar uma oportunidade a partir do nosso contacto.

Qual o problema de grande parte das candidaturas espontâneas? É que são “más candidaturas espontâneas” – são feitas “em massa”, sem critério, intencionalidade ou personalização. São de uma proactividade sem critério. A probabilidade deste tipo de candidaturas se concretizarem num emprego é muito reduzida e ainda pode passar uma má imagem enquanto candidato. Isto porque, para quem recebe tais candidaturas, há vários aspectos que levam a que não sejam bem vistas:

  • Constituem um contacto não desejado (no fundo não estavam à procura de nada);
  • Recebem um e-mail ou carta escritos de forma genérica, endereçados a si como poderiam estar endereçados a qualquer outro;
  • Não é claro, para quem lê, da utilidade de empregar aquela pessoa.

Podem as candidaturas espontâneas ser, então, úteis?

Podem sim, desde que revelem uma proactividade planeada. As “boas candidaturas espontâneas” são preparadas com tempo, pesquisa e intenção. Escolha uma empresa/função em que gostasse muito de trabalhar e investigue a fundo; identifique quais as suas características, competências e mais-valias para a função a que se candidata e veja que resultados alcançou em experiências passadas que lhe sejam úteis agora.

  • Envie a candidatura para a pessoa certa e de forma personalizada. Quem é o responsável pelos recursos humanos? Consigo o seu contacto directo para lhe enviar a candidatura? Incluir o nome e cargo da pessoa no início da comunicação.
  • Faça a candidatura explicitamente dedicada àquela empresa. Refira o nome da empresa (e, se se aplicar, dados mais finos como o nome da delegação específica), faça referência a detalhes que demonstrem que investiu tempo a conhecer a organização e a forma como ela funciona, a sua missão e valores, entre outros aspectos.
  • Comunique centrado nas mais-valias da sua contratação para a empresa (não para si). Indique claramente em que aspectos o seu contributo é útil para a empresa, torne fácil para quem lê perceber o motivo pelo qual recebe o seu contacto e ponderar a sua integração como algo de positivo para a empresa.

Menos pode ser Mais (Qualidade em vez de Quantidade)

Umas das mensagens mais importantes a reter é que mais vale fazer poucas candidaturas de emprego, mas bem personalizadas, cuidadas e com grande intencionalidade, do que “disparar em todas as direcções”, respondendo sem critério e de forma quase impulsiva a muitos anúncios.

Um aspecto crucial na pesquisa de emprego é o foco. Ou seja, se REFLECTIRMOS e PLANEARMOS, vamos conseguir AGIR com muito mais ponderação e atenção ao que realmente nos interessa. Assim, iremos conseguir dedicar-nos a conhecer a fundo uma empresa, a percebermos as competências que são valorizadas na função que queremos desempenhar, a fazer networking com pessoas que nos possam dar a conhecer aspectos importantes sobre o meio em que nos queremos inserir. 

Quando entramos num modo “de sobrevivência” às vezes temos tendência para não analisarmos com atenção as informações, para cometer erros de escrita, para enviarmos o anexo errado no e-mail. Podemos chegar ao final com uma falsa sensação de dever cumprido.

Por exemplo, imagine que o nosso objectivo é derrubar uma lata com uma bola. Se atirarmos 1000 bolas sem fazer pontaria pode ser que uma delas lhe acerte. Mas será mais eficaz atirar uma a fazer pontaria para alcançarmos o objectivo a que nos propusemos.

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