Ferramentas de imagem

A nossa imagem é a impressão que deixamos nos outros. Não é apenas imagem de quem somos fisicamente, mas também do conjunto de características que temos, do tipo de trabalhadores que seremos, daquilo que pode vir a ser o nosso contributo.

Quer queiramos, quer não, estamos sempre a passar uma certa imagem (por isso se usa a expressão “a primeira impressão é que conta”) e, portanto, deveremos estar conscientes da forma como a transmitimos, pois assim, podemos ver se está a ser fiel ao que sabemos ser o nosso melhor.

CV ou Curriculum Vitae

A ferramenta de procura de emprego mais utilizada durante décadas, e aquela que toda a gente conhece (mesmo que nunca tenha feito o seu), é o currículo (CV – curriculum vitae).

Um currículo é uma forma de mostrarmos o nosso percurso profissional, geralmente com o objectivo último de nos chamarem para uma entrevista de emprego. E assim, desse modo, queremos que quando lêem o nosso CV, fiquem bem impressionados e com vontade de nos conhecer melhor.

O aspecto mais importante de um CV é a personalização. Cada candidatura deverá ter uma versão do seu CV preparada para “encaixar” da melhor forma naquela oportunidade. Assim, a melhor sugestão é que comece por fazer um documento, uma espécie de “CV-matriz”, que tenha toda informação: toda a sua experiência profissional detalhada e com todos os pormenores, toda a formação que recebeu, todas as competências que tem.

Depois, à medida que precisa de preparar um CV para cada ocasião, selecciona, organiza e edita conforme o que for mais relevante para a vaga à qual se está a candidatar. Ao guardar cada ficheiro anote para que candidatura o utilizou (escreva o nome da vaga, a organização e a data, por exemplo) – isto é da maior importância para quando o chamam para entrevista (pois assim sabe exactamente qual dos seus CV é que o entrevistador esteve a analisar).

No que se refere ao esquema e imagem de um CV, há vários modelos que pode seguir, sendo um dos mais conhecidos e utilizados, o Europass, que é um modelo de currículo que está padronizado a nível europeu, e foi criado para facilitar a mobilidade de trabalhadores entre vários países. Algumas das vantagens deste modelo de CV são a familiaridade de muitas pessoas com esta estrutura, o ser mais formal, e o poder ser construído online.

Mas, num mercado de trabalho competitivo e em constante mudança, pode haver vantagem em fazer um CV diferenciado, que se destaque para quem está a empregar e recebe dezenas (ou centenas!) de documentos visualmente parecidos. 

Desta forma, pode pensar construir um CV de página única (ou One Page CV), em que se apresenta menos informação (idealmente numa única página) e de modo graficamente apelativo. Também existem templates gratuitos a que pode recorrer para fazer o seu CV de página única com facilidade. 

The Resume of Elon Musk - By NovorésuméUma imagem com captura de ecrã, portátil, monitor, computador

Descrição gerada automaticamente 

Ainda no que se refere ao aspecto e imagem do CV, deve ponderar a inclusão de uma fotografia sua, pois as evidências indicam que com uma boa foto tem maiores probabilidades de ser chamado para uma entrevista. Nesse caso, tenha em atenção que esta deve ser adequada ao contexto – por exemplo, não utilize fotografias tiradas à noite, em casamentos, muito antigas, ou em que está com uma aparência diferente da que tem na actualidade. A ideia é que passe uma imagem “clean”, actual, e que transmita uma boa impressão. 

O mesmo acontece com o endereço de e-mail que utiliza na pesquisa de emprego e que inclui no CV – quererá que seja simples, associado ao seu nome, e transmita sobriedade (por exemplo, um e-mail do estilo ruidias@XXX.pt será sempre mais adequado que um dentro do género robocop365@XXX.pt), pelo que se o seu endereço não cumpre com esses critérios será prioridade criar um novo para a pesquisa de emprego.

Poderá também ser escusado incluir a sua morada completa no CV, sendo suficiente que coloque a localidade onde reside. 

Relativamente aos separadores do CV, existe uma abordagem mais “tradicional” e outra mais flexível. A escolha entre este tipos de abordagem (como a escolha do modelo de CV) terá a ver com o perfil da empresa a que se candidata, com o tipo de função, e até com aquilo com que mais se identifica e que considera que melhor transmite a sua imagem). 

  • Num modelo mais rígido e tradicional, pode ter os seguintes separadores: informação pessoal, intuito do CV, experiência profissional, educação e formação, competências pessoais (que inclui línguas estrangeiras, comunicação, organização, técnicas, outras), informação adicional e anexos.
  • Num modelo mais flexível, os separadores poderão ser ordenados e seleccionados consoante faça mais sentido para cada candidatura. Deverá colocar em primeiro lugar os mais relevantes, pode reorganizar os tipos de separador ou criar subseparadores (agrupando, por exemplo, as formações ou experiências semelhantes, ou por área de competência). No separador com informação sobre educação e formação, esta pode ser subdividida em formação académica, profissional, formação ao longo da vida.

Os conteúdos que colocará em cada separador também precisam que pense no que melhor se adequa à imagem que quer passar e à entidade a que se candidata. Pode apresentá-los por ordem cronológica, por ordem de relevância, ou organizados por competências. 

  • A organização por ordem cronológica (do mais recente para o mais antigo) é adequada a um perfil profissional com carreira consistente, com progressão profissional, sem interrupções e dedicada a uma área profissional específica.
  • Uma organização por ordem de relevância (em que, independentemente das questões cronológicas, ordenam-se as experiências profissionais e formativas por ordem de importância para o cargo a que se candidatam) será mais adequada a um perfil profissional com alguma experiência profissional em diferentes áreas (com diferentes funções) e com uma formação diversificada.
  • Uma organização por competências envolve a separação por áreas de competência, sendo mais adequada a um perfil profissional com pouca ou nenhuma experiência profissional e onde se podem fazer sobressair outras formas de aquisição de “experiência”, como é o caso de projectos, actividades extracurriculares, investigação, estágios, trabalhos, disciplinas, acções de formação, hobbies, etc.

No que se refere a um bom CV, talvez um dos maiores desafios seja mesmo a selecção de informação, ou seja, definir o que será essencial para versão do CV, para cada candidatura. Deve procurar eliminar toda a informação que possa ser irrelevante, ou redundante, seleccionar informação que justifique as competências e a imagem que quer transmitir, escolher de forma equilibrada as experiências/formações/competências mais significativas, mais relevantes, mais importantes e mais recentes. Esta selecção é de extrema importância para quem tem um perfil com muita experiência profissional e muita formação realizada, mas útil em todos os casos.

Redes Sociais e LinkedIn

A evolução tecnológica, o acesso à internet e o surgimento das “redes sociais” teve e tem um grande impacto na redução do conceito de distância entre as pessoas, possibilitando um contacto constante independentemente do local físico em que cada um se encontra, o que potencia uma rapidez alucinante de partilha de informação e de interacções. 

Independentemente da relação que poderá ter com as redes sociais, o ponto fulcral a ter em consideração é o impacto que as redes têm nas questões de marketing pessoal e profissional, nomeadamente na percepção da imagem.

As redes sociais constituem um espaço privilegiado para a procura de informações por parte de recrutadores e de serviços por parte dos usuários, oportunidades de negócio e de integração em projectos, constituem ainda uma excelente ferramenta para alimentar a rede de Networking. 

O LinkedIn é uma rede exclusivamente profissional que constitui um ponto de encontro entre entidades e profissionais, caso não tenha perfil nesta rede, pode ser útil explorar as suas potencialidades.

No entanto, deve ter em consideração que a utilização de redes sociais, pode ser um aliado ou um adversário, mediante a forma como as utiliza.

Caso utilize redes sociais, deve equacionar se a utilização que faz das mesmas está a favor ou contra si:

  • Deve ter especial atenção à definição das políticas de privacidade;
  • Ao número de redes em que criou um perfil, sem que o mesmo seja utilizado. Caso tenha vários perfis e não utilize as redes, vai ser encontrado em pesquisa no espaço digital, no entanto, poderá passar uma imagem pouco activa, vazia ou de pouco interesse;
  • Se adopta posicionamentos muito diferentes em determinadas redes sociais, poderá levar a uma percepção de falta de consistência e de coerência e/ou de instabilidade.
  • Alertamos ainda para a desapropriação de determinadas mensagens da sua origem, o que fora de contexto poderá levar a que a mesma mensagem tenha várias leituras distintas.

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