Bullying e Ciberbullying

O bullying corresponde a um comportamento intencionalmente agressivo, violento e humilhante, que envolve um desequilíbrio de poder: as crianças que fazem bullying usam o seu poder (a sua força física ou o acesso a alguma informação constrangedora, por exemplo) para controlar e prejudicar outras crianças. É um comportamento repetido ao longo do tempo, que acontece mais do que uma vez.

O bullying inclui comportamentos como ameaçar, espalhar boatos, atacar alguém fisicamente (bater, arranhar, cuspir, roubar ou partir objectos) ou verbalmente (chamar nomes, provocar, dizer às outras crianças para não serem amigas de uma delas, gozar) ou excluir alguém do grupo propositadamente.

O bullying pode acontecer durante ou depois das horas escolares, dentro da escola, mas também fora (nos espaços circundantes, nos meios de transporte) e na internet (por exemplo, no Facebook ou noutras redes sociais). O bullying provocado através da internet chama-se cyberbullying e quem o faz pode facilmente permanecer no anonimato. Quer os rapazes quer as raparigas podem fazer bullying. As vítimas de bullying também podem ser raparigas ou rapazes.

As crianças vítimas de bullying podem sentir-se constantemente com medo, ansiosas, com dores físicas e dificuldade em concentrarem-se na escola. Em muitos casos as crianças vítimas de bullying comprometem-se a permanecer em silêncio sobre as agressões como forma de evitar novas retaliações. Ao serem vítimas de bullying, as crianças podem sentir-se envergonhadas, impotentes e incapazes de lidar com a situação. Importa ainda recordar que as crianças vítimas de cyberbullying podem sentir-se em perigo ou ameaçadas dentro das suas próprias casas.

Como podemos saber se o/a nosso/a filho/a está a ser vítima de bullying? As crianças vítimas de bullying podem mostrar-se abatidas, com falta de paciência, mais alheadas da família, mais introspectivas, zangadas ou muito irritáveis. Podem também não querer ir à escola, apresentar alterações de humor, dificuldade de concentração, piores resultados na escola e queixas físicas permanentes (dor de cabeça, de estômago, cansaço). Mesmo durante o fim-de-semana, e na companhia da sua família, uma criança pode estar a ser vítima de cyberbullying. Nestes casos, as crianças podem parecer nervosas ou assustadas quando usam os seus telemóveis ou computadores perto de um adulto. Podem sentir-se tristes ou zangadas depois de olhar para o telemóvel ou computador, recusando-se a partilhar o que se está a passar online. No entanto, é preciso notar que estes sinais nem sempre significam uma situação de bullying, podendo ser comuns a outros problemas ou até ao período da adolescência.

Porque é que as crianças que são vítimas de bullying não contam aos pais ou a outras figuras de autoridade? Porque têm medo de serem mais agredidos se contarem, por vergonha, por medo de que não acreditem neles ou lhes dêem apoio, por medo de que os culpem ou lhes exijam que reajam com a mesma atitude.

O bullying não é normal, não faz parte de “ser criança” ou “crescer”, não torna as crianças “mais fortes”. Responder ao bullying com mais comportamentos agressivos, não resolve o problema: as respostas agressivas tendem a levar a mais violência e mais bullying contra as vítimas. Por mais difícil que seja para a criança (e para os pais) é importante falar sobre o bullying.

Se identifica sinais de bullying no/a seu/sua filho/a e não sabe o que fazer com esta situação, procure ajuda.

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