A separação e o divórcio

Mesmo nas melhores circunstâncias, alguns aspetos do processo de separação ou divórcio podem ser difíceis e desafiantes. São acontecimentos de vida que surgem porque algo não correu tão bem, ou como planeado, numa relação.

E representam uma mudança e uma rutura na vida de ambas as pessoas – quer para quem tomou a iniciativa, quer para quem tem de aceitar a separação/divórcio.

São muitos os motivos que podem levar a uma separação ou a um divórcio. A maior parte dos casais não identifica apenas um, mas um conjunto de problemas. Algumas das causas mais frequentemente apontadas incluem:

  • Dificuldades de comunicação e afastamento progressivo
  • Crítica constante e discussões frequentes
  • Falta de intimidade
  • Infidelidade
  • Não divisão de tarefas/ falta de partilha de responsabilidades domésticas e/ou parentais
  • Dificuldades financeiras e discussões sobre dinheiro
  • Violência física e/ou psicológica

O que podemos sentir?

A separação e o divórcio podem ser experiências stressantes e dolorosas. O fim de uma relação pode espoletar emoções e sentimentos muito intensos, tais como: raiva, dor, culpa, frustração, arrependimento, desilusão, ansiedade, medo, confusão, tristeza, exaustão, solidão, alívio, esperança, liberdade.

Esta situação está, frequentemente, associada a um conjunto de perdas (por exemplo, de relações de amizade ou de segurança financeira) e a disrupções na nossa rotina e responsabilidades.

O término de uma relação conjugal pode ameaçar a Saúde Psicológica e o bem-estar. No entanto, a intensidade destas emoções e sentimentos, na maior parte dos casos, com o passar do tempo, vai diminuindo.

Como podemos construir um divórcio saudável?

Algumas recomendações podem ser úteis para nos ajudar a superar a separação ou o divórcio de forma saudável e bem-sucedida:

  • Aceitar que é natural experimentar diferentes emoções e sentimentos. Cada pessoa tem o seu ritmo e forma de lidar com as emoções, mas é importante vivê-las – ignorá-las, pode atrasar o processo de recuperação
  • Darmo-nos o desconto. Aceitar que a recuperação emocional não é imediata e que poderá levar algum tempo até voltarmos a estar e a comportarmo-nos de acordo com o nosso habitual
  • Falar e partilhar o que sentimos. Evitar isolarmo-nos e partilhar o que sentimos com familiares e amigos/as que nos ouçam, sem julgamentos, ou falar com alguém que já passou por uma situação semelhante.
  • Investir no autocuidado. Ações que protegem a nossa Saúde (física e psicológica) e o nosso bem-estar são essenciais (por exemplo, escolher uma alimentação saudável, fazer atividade física regularmente e ter uma boa rotina de sono).
  • Priorizar. . Criar uma lista com as tarefas quotidianas e organizá-las por ordem de importância pode ajudar-nos a organizar e a sentir menos stresse.
  • Criar novas rotinas. . Novos hábitos podem dar-nos um sentido de conforto, estrutura e segurança e ajudar a readquirir uma sensação de controlo.
  • Evitar tomar decisões importantes. . Durante os meses que se seguem ao divórcio, o nosso estado emocional pode estar alterado e termos menos capacidade para tomar decisões ponderadas.
  • Evitar utilizar álcool, drogas ou comida para lidar com os nossos sentimentos. . Embora a curto prazo possa parecer que está a ajudar, a longo prazo é pouco saudável e autodestrutivo.
  • Se possível, manter a comunicação com o/a ex-companheiro. . Pode ser a última coisa que nos apetece fazer, mas a comunicação e a cooperação podem tornar o processo de separação/divórcio mais fácil e saudável.

E quando existem filhos/as?

Um processo de separação ou divórcio é diferente quando existem filhos/as. Nesta situação não é possível haver um afastamento total do/a ex-cônjuge e é necessário reorganizar não apenas a relação connosco próprios/as, mas também com o/a ex-cônjuge e os nossos filhos/as.

O divórcio também pode ser uma experiência difícil e stressante para os filhos/as. No entanto, a evidência científica demonstra que, ao fim de um período que pode durar entre um a dois anos, a maior parte das crianças se adapta bem à situação.

No documento Vamos Falar sobre Divórcio, saiba:

  • Como contar aos filhos/as que os pais se vão divorciar?
  • O que podemos esperar da reação de crianças em idade pré-escolar, em idade escolar e adolescentes?
  • Como podemos ajudar os nossos filhos/as a lidar com o divórcio?
  • Como gerir a relação com o outro progenitor após o divórcio?

LEMBRE-SE: Um Psicólogo ou Psicóloga também nos pode ajudar a decidir se o divórcio é a melhor opção para nós, a lidar com uma situação de divórcio e a recuperar dela.

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