Investigação em Saúde Psicológica

A Saúde Psicológica é essencial para alavancar o desenvolvimento individual, social e económico, por isso a construção de conhecimento sobre Saúde Psicológica, em todos os contextos de vida, é crucial.

O papel das Psicólogas e dos Psicólogos na investigação é particularmente relevante e pode contribuir decisivamente para a melhoria global da Saúde, do bem-estar e da qualidade de vida dos cidadãos portugueses; para a adopção de comportamentos e estilos de vida saudáveis; para o aumento da resiliência e da longevidade e a diminuição da mortalidade e dos comportamentos de risco; para a redução das desigualdades e a melhoria do sucesso educativo e da produtividade laboral.

A produção de evidências científicas na área da Ciência Psicológica pode dar um contributo essencial à construção de políticas públicas que informem tomadas de decisão sustentáveis e considerem a Saúde Psicológica e o desenvolvimento das pessoas.

Neste sentido, a OPP disponibiliza aos Psicólogos e Psicólogas uma medida de Apoio à Investigação em Saúde Psicológica.

Nesta página encontra os Projectos de Investigação apoiados por esta medida. Não só aqueles que estão em curso e relativamente aos quais pode aceder aos respectivos questionários, mas também, de futuro, os resultados obtidos.

PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO EM CURSO

O presente estudo tem por objetivo adaptar e validar a Biased Attitude Scale (Watts, Medeiros, McIntosh & Mulhearn, 2020) para o português de Portugal. O projeto integrará diversas fases, desde a aplicação dos métodos de tradução-retradução, até aos procedimentos estatísticos finais, a partir da recolha de dados numa amostra de psicólogos portugueses. 
É esperado apresentar resultados que permitam avaliar as propriedades psicométricas da versão portuguesa da BiAS, com vista à validação para a população portuguesa. Discutiremos sobre as implicações práticas dos resultados, bem como sobre a pertinência do instrumento, como ferramenta auxiliar na avaliação-diagnóstico e investigação no campo da tomada de decisão ética e do treino ético.

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Vários estudos demonstram que a profissão de psicólogo clínico tem diversos riscos psicossociais associados, não só os stressores da vida pessoal e a história de vida e vulnerabilidades, como também os desafios específicos da profissão – o contacto constante com o sofrimento de outros e a uma maior tendência para trabalhar de forma isolada (e.g., Wise & Barnett, 2016). 

O uso adequado de estratégias de autocuidado por parte dos psicólogos clínicos tem um efeito positivo na redução do impacto destes riscos e na promoção do bem-estar (e.g., Wise & Barnett, 2016). O uso de estratégias de autocuidado no contexto da psicologia clínica deve ser visto como um imperativo ético e uma prática tão relevante como qualquer técnica terapêutica (Norcross & VandenBos, 2018). Neste sentido importa perceber que variáveis podem influenciar o uso de estratégias de autocuidado de forma a ajudar a desenvolver modelos e contextos de treino que promovam esta prática. Freitas e Silva (in prep.) demonstraram a associação entre o autocuidado e as necessidades psicológicas, verificando-se um papel mediador da dimensão desenvolvimento profissional do autocuidado na relação entre as necessidades psicológicas e o bem-estar psicológico. Um outro construto atualmente destacado na literatura que parece desempenhar um importante papel na forma como as pessoas lidam com eventos potencialmente stressantes e com impacto no bem-estar é a autocompaixão (Neff, 2003). A autocompaixão parece predizer a regulação das necessidades psicológicas e medeia a relação entre esquemas emocionais e necessidades psicológicas (Faustino et al. 2018). A auto compaixão parece influenciar não só o autocuidado, mas também se apresenta em si como uma prática de autocuidado (Nelson et al.,2018). Neste estudo pretende-se compreender as relações entre o autocuidado, a regulação da satisfação das necessidades psicológicas, o bem-estar psicológico e a auto-compaixão em psicólogos clínicos/psicoterapeutas e estagiários de psicologia clínica.

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No estudo “Burnout nos/as Psicólogos/as em Portugal: Prevalência, Antecedentes e Consequentes” as respostas obtidas permitirão aprofundar o conhecimento sobre os factores de stresse profissional que os/as Psicólogos/as enfrentam e os seus impactos na sua Saúde Psicológica. Os resultados poderão revelar a prevalência desta síndrome no grupo profissional e servir para informar estratégias de prevenção.

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A finalidade da investigação passa por analisar a prevalência do consumo de tabaco nos profissionais de Psicologia Clínica e da Saúde, o impacto deste nas suas práticas profissionais e analisar o impacto da autoeficácia profissional nas práticas clínicas de quem consome tabaco vs não consome contribuindo, deste modo, para a melhoria das intervenções realizadas a este nível e sua eficácia.

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A transição para a (grã)parentalidade é um momento-chave do ciclo de vida que impõe desafios individuais, conjugais/parentais e familiares. O presente estudo tem como objectivo investigar a adaptação familiar, conjugal, parental e individual durante o primeiro ano de (grã)parentalidade (em contexto de pandemia COVID-19) e compreender as vivências (com ênfase nos rituais familiares) das duas gerações mais envolvidas nos cuidados ao bebé.

https://ulfp.qualtrics.com/jfe/form/SV_db8tV5NKUWRChsG

 

A presente investigação pretende identificar, em simultâneo, factores de risco e que protegem a saúde mental das pessoas com Doenças Neurodegenerativas (ou seja, doenças crónicas), com o objectivo de contribuir e melhorar as intervenções clínicas (prevenção e tratamento. Em simultâneo, vão ser validados vários instrumentos de avaliação para as variáveis em estudo. Para participar nesta investigação, basta fazer um contacto com carolina.rita.fg@gmail.com ou ligar para 917438945.

Este estudo tem como objectivo compreender as experiências e as perspectivas dos psicólogos que já utilizaram a videoconferência na sua prática neuropsicológica. Desta forma, pretende-se compreender as suas dificuldades e necessidades, bem como os factores que facilitam este procedimento e as suas vantagens. Para participar nesta investigação, poderá contactar a investigadora Soraia Monteiro em soraia.silva.20.ss@gmail.com.

O presente estudo tem como destinatários pessoas com mais de 18 anos e que presentemente sejam trabalhadores por conta de outrem. O objectivo do estudo passa por melhorar a compreensão da relação entre as percepções relativas ao bem-estar, ao trabalho e ao sistema social.

Com o presente estudo pretende-se aceder às percepções, conhecimentos e práticas de uma amostra de profissionais de saúde envolvidos nas respostas de avaliação, intervenção e encaminhamento de pacientes com Fibromialgia.

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A insónia é uma das condições mais prevalentes, persistentes e debilitantes associadas ao cancro, afectando cerca de metade dos sobreviventes oncológicos. Embora a Terapia Cognitivo-Comportamental para a Insónia (TCC-I) esteja bem estabelecida como a recomendação clínica para a insónia em sobreviventes oncológicos, o acesso a este tratamento de primeira-linha permanece bastante limitado na prática clínica. As intervenções digitais autoguiadas podem ser uma resposta para aumentar o acesso e produzir melhorias clinicamente significativas no sono, remissão da insónia e noutros sintomas associados ao cancro. Com este ensaio clínico pragmático pretendemos avaliar a eficácia, viabilidade e aceitabilidade de uma intervenção online para o tratamento da insónia destinado a sobreviventes de cancro portugueses com insónia. Métodos e procedimentos: O nosso ensaio clínico aleatorizado piloto vai testar os efeitos preliminares, a viabilidade e a aceitabilidade de uma intervenção de TCC-I oferecida online, o OncoSleep, um programa autoguiado com apoio remoto por parte de uma psicóloga clínica (membro efetivo da OPP). Os procedimentos de investigação incluem a avaliação da elegibilidade na população geral e a aleatorização a 1 de 2 braços: o programa digital de TCC-I ou um grupo de controlo em lista de espera. A gravidade da insónia (indicador primário), fadiga, variáveis do diário de sono, sofrimento psicológico e qualidade de vida (indicadores secundários) serão avaliados na linha-de-base e pós-intervenção. A intervenção OncoSleep é composta por 6 sessões interativas autoguiadas com técnicas cognitivas e comportamentais personalizadas para sobreviventes oncológicos, incluindo o treino de relaxamento, controlo de estímulo, consolidação do sono e reestruturação cognitiva.

Esperamos que esta intervenção digital resulte em melhorias clinicamente significativas na remissão da insónia e na melhoria dos padrões de sono, fadiga, sofrimento psicológico e qualidade de vida de sobreviventes oncológicos. Intervenções digitais de TCC-I podem ser importantes aliados na disseminação da recomendação clínica, permitindo oferecer este tratamento de primeira-linha a sobreviventes oncológicos que estariam, de outra forma, limitados à segunda-linha de tratamento (menos eficaz e associada a efeitos secundários), a farmacoterapia.

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Results of surveys of healthcare workers during the COVID-19 pandemic demonstrate adverse effects on psychological well-being (De Kock et al., 2021) progressively worsening over the first year of the pandemic (Sasaki et al., 2021). However, the impact of the pandemic on the psychological well-being of mental health professionals has been largely overlooked. A survey of 110 psychotherapists in the United Kingdom early in the pandemic found that pressures related to using telehealth and long work hours were associated with burnout, while work-life balance and self-compassion may have protected against burnout (Kotera et al., 2021). Surveys of licensed psychologists in April 2020, September 2020, and June 2021 in the USA documented what appeared to be a permanent shift to telehealth services and rapidly increasing caseloads of with greater symptom acuity and suicidality (Sammons et al., 2021). Socioeconomic and racial/ ethnic adversities facing marginalized communities may amplify patients’ distress and clinicians’ vicarious stress (Sherman et al., 2021). Therefore, it is crucial to assess the cumulative impact on mental health professionals of exposure to direct and vicarious stressors in the pandemic.

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O mercado de trabalho está em constante mudança e dinamismo, a empregabilidade dos jovens torna-se fundamental para o seu desenvolvimento, autonomia e também tem um profundo papel na sociedade. Identificamos um crescente gap entre as expectativas e atitudes dos profissionais, especialmente os mais jovens face ao futuro e trabalho e das necessidades do mercado de trabalho e das expectativas das empresas e respetivos responsáveis. O objetivo principal deste projeto é estudar e compreender as expectativas dos psicólogos sobre o que representa para eles um Ambiente de Trabalho Saudável ao nível da cultura, liderança, envolvimento dos profissionais, riscos psicossociais do trabalho, saude mental, responsabilidade social e recursos para a saúde, assim como recolher recomendações para a promoção de ecossistemas de ambientes de trabalho mais saudáveis e sustentáveis.

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Este estudo tem como objetivo explorar a relação entre o conceito de trabalho digno, o fenómeno do burnout e do desvio do trabalho, os seus efeitos na saúde psicológica e intenção de abandono dos psicólogos júnior, explorando também como o calling de carreira pode moderar essa relação, e se a saúde psicológica age como mediador nesse processo complexo. Estudos recentes examinaram principalmente os efeitos positivos do trabalho digno, no entanto, tem sido dada atenção limitada às possíveis consequências negativas do trabalho digno, como burnout e desvio do trabalho. É crucial examinar os aspetos negativos do trabalho digno para obter uma compreensão mais abrangente do seu impacto sobre os trabalhadores em vários ambientes de trabalho. Além disso, também o papel potencial do calling de carreira na formação de variáveis de resultado de trabalho digno permanece desconhecido. O calling de carreira é uma convocação transcendental para seguir uma carreira significativa, ajudar os outros ou contribuir para o bem comum Diferenças no nível do calling de carreira levam a diferentes reações quando os indivíduos se deparam com difíceis condições de trabalho. Conceção/metodologia/abordagem: Seguindo as recomendações de Cook et al (2019) acerca da necessidade de estender a pesquisa sobre trabalho digno a diferentes países, indústrias e grupos ocupacionais específicos, a nossa amostra será constituída por psicólogos júnior, um grupo importante e pouco estudado na literatura sobre o trabalho digno. A American Psychological Association e as suas divisões desenvolveram vários recursos destinados a ajudar os psicólogos em início de carreira; no entanto, muito pouca investigação foi efetuada para avaliar as necessidades reais deste grupo. Especificamente, a investigação não identificou as características psicológicas do trabalho, essenciais para a retenção ou abandono da carreira de psicólogo (Trombello et al., 2022). Nesse sentido, este estudo tem como objetivo elaborar como lidar com este problema utilizando o trabalho digno e a saúde psicológica, enfatizando a necessidade de estar atento aos psicólogos juniores, prestando atenção às suas necessidades psicológicas e criando e mantendo uma cultura justa e segura nas organizações para promover o desenvolvimento sustentável do sector da psicologia. No presente estudo, os dados serão recolhidos através de questionários. A amostra será constituída por psicólogos juniores, utilizando um método de amostragem de conveniência para responder aos questionários. A mediação paralela-serial com modelo de moderação será avaliada utilizando o PROCESS. Originalidade/valor: Existe uma lacuna na literatura sobre a investigação acerca dos efeitos negativos do trabalho digno em geral, e em específico da relação do trabalho digno com a intenção de rotatividade. Além disso, a existência de um ano profissional júnior em Portugal não foi acompanhada pelo desenvolvimento de pesquisas relacionadas a diferentes aspetos do trabalho destes profissionais, considerando que eles se encontram em início de carreira. Implicações: Promover um ambiente de trabalho digno contribui para a redução do stresse e dos desvios no local de trabalho, reduzindo assim os problemas de saúde psicológica dos psicólogos, permitindo que os psicólogos juniores se mantenham e desenvolvam, pessoal e profissionalmente, enquanto profissionais de psicologia.

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O projeto de investigação apresentado visa compreender o impacto no desenvolvimento ao longo da vida da exposição a experiências potencialmente traumáticas (EPT). Sendo amplamente reconhecidas enquanto parte da experiência humana, para além da prevenção da psicopatologia, importa compreender de que forma as EPTs influenciam as diversas componentes da saúde psicológica, incluindo a adaptabilidade, assim como o sentido e qualidade de vida. Tendo por base estudos realizados no âmbito da pandemia COVID-19, apresenta-se um projeto mais abrangente no que concerne aos contextos e experiências da população geral. Assim, pretende-se investigar de que forma pessoas em diferentes estádios de desenvolvimento percecionam diferentes EPTs e as perdas a elas associadas. Neste âmbito, serão realizados três estudos com amostras de indivíduos da população geral sendo, o corrente estudo, o primeiro deste conjunto, nomeadamente, a adaptação de um instrumento psicométrico utilizado no contexto do COVID (Trauma Exposure Checklist, de Morgado et al., 2021) a contextos mais alargados. Este projeto, iniciado em 2024, constitui uma oportunidade para abrir novos horizontes no estudo de diferentes estádios e contextos de desenvolvimento, permitindo a identificação de fatores de risco e de proteção após exposição a EPTs e informando intervenções promotoras de saúde psicológica.

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O stress parental é uma preocupação atual e relevante para a saúde pública, devido ao seu impacto negativo no bem-estar dos pais, no desenvolvimento das crianças e no funcionamento familiar. A transição para a parentalidade é descrita como um período stressante para os pais, embora ainda não seja claro quais os aspetos pessoais, relacionais e ecológicos – e.g. autoeficácia parental, atitudes acerca dos papéis de género, coparentalidade, suporte social e divisão de tarefas domésticas e dos cuidados da criança – que podem contribuir para o stress parental e como eles se desenrolam ao longo do tempo. Com base nisso, o objetivo do presente estudo é utilizar uma abordagem longitudinal baseada em questionários para examinar as variáveis intra e interindividuais das mães e dos pais, bem como os seus efeitos sobre o stress parental de ambos os pais no final da gravidez e ao longo do tempo, aos 3, 6 e 9 meses após o parto. Os participantes serão recrutados em maternidades, centros de saúde, e mídias sociais e serão solicitados a responder a um protocolo de questionários quantitativos. A análise dos dados levará em consideração a interdependência entre as díades, nomeadamente através do Actor-Partner Interdependence Model e da Análise de Crescimento Latente. Os resultados permitirão o desenvolvimento de recomendações baseadas em evidências para ajudar os casais a lidar com esta fase desafiadora, com foco em profissionais e formuladores de políticas.

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A Demência é a patologia que mais causa incapacidade e dependência em pessoas mais velhas no mundo. A articulação entre Intervenções Farmacológicas e Intervenções Não-Farmacológicas (INF), nomeadamente intervenções psicológicas, é crucial para o bem-estar e qualidade de vida das Pessoas com Demência (PcD) e seus cuidadores, para o retardamento da evolução da doença e adiamento da institucionalização. Apesar das evidências sobre benefícios das INFs e das intervenções psicológicas, na maioria dos protocolos de tratamento, não estão previstas, ocorrendo, geralmente, quando as PcD e seus cuidadores procuram ativamente e têm recursos para estas intervenções. O acesso a intervenções psicológicas para PcD é limitado, constatando-se dificuldades na colaboração entre médicos e psicólogos, sendo necessário desenvolver práticas e estratégias de colaboração interdisciplinar nos cuidados à PcD. Este projeto ambiciona estudar e otimizar a articulação da Psicologia Clínica e da Saúde (PCS) e da Medicina nos cuidados à PcD.

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A investigação empírica em torno da literacia em saúde mental (LSM) (quer ao nível das intervenções promotoras de LSM, quer ao nível dos instrumentos de avaliação de LSM) tem-na conceptualizado e explorado quase exclusivamente na sua dimensão focada na doença mental, apesar da Organização Mundial de Saúde reconhecer que a saúde mental não se circunscreve à ausência de doença mental, mas também à presença de bem-estar psicológico (Keys, 2005; Iasiello et al., 2020). Neste sentido, não é possível extrapolar os dados existentes sobre LSM para literacia do que tem sido descrito como “complete mental health” (i.e., ausência de psicopatologia e presença de bem-estar), inclusivamente em profissionais de saúde mental. Um estudo realizado com profissionais de saúde mental de 92 países concluiu que 68% dos profissionais de saúde mental utilizavam manuais de diagnóstico (ICD ou DSM) apenas para fins administrativos, e aproximadamente 20% reportavam a ausência de diagnósticos clínicos (First et al., 2018). Apesar disso, e ainda que haja um crescimento de abordagens transdiagnósticas e/ou focadas nos processos, em oposição a abordagens categoriais de saúde e doença mentais (e.g., terapias contextuais-comportamentais; abordagens construtivistas), a inexistência de um diagnóstico categorial não exclui a possibilidade de psicopatologização de experiências psicológicas, inclusivamente da ausência de bem-estar sem presença de psicopatologia (i.e., languishing). Este estudo pretende explorar o conhecimento dos/as profissionais de saúde mental em Portugal sobre languishing (e.g., a sua capacidade de identificar uma apresentação de languishing numa vinheta), assim como sobre intervenções promotoras de bem-estar e propósito de vida. DESENHO: A presente investigação seguirá um desenho exploratório, não experimental, transversal, correlacional, e misto (qualitativo e quantitativo), realizado online. PARTICIPANTES: a amostra (N = 120) será compostas por psicólogos/as, psiquiatras, pedopsiquiatras, internos/as de psiquiatria ou pedopsiquiatria, enfermeiros/as com especialidade em enfermagem de saúde mental e psiquiátrica, a trabalhar atualmente em Portugal. PROCEDIMENTO: a equipa de investigação, em colaboração com o Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho dos Serviços da Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) no qual uma investigadora membro da presente equipa desempenha funções de psicóloga clínica, divulgará o estudo junto da sua rede contactos. Será ainda solicitada a associações profissionais (e.g., Ordem dos Psicólogos Portugueses, Ordem dos Médicos, Ordem dos Enfermeiros, Associação Portuguesa de Internos de Psiquiatria) a divulgação do estudo, através do respetivo link, nas suas redes sociais e newsletters. As pessoas participantes, após lerem informação detalhada sobre o estudo (e.g., objetivos, população de interesse, caráter voluntário, confidencialidade dos dados, contactos), fornecem o seu consentimento informado online, através de um clique. A amostragem será não probabilística por conveniência. A recolha de dados ocorrerá através do site Limesurvey alojado ao servidor da UC. A análise dos dados será realizada através de softwares estatísticos (e.g., SPSS para análise quantitativa e NVivo para análise qualitativa). Os dados estarão anonimizados nas bases de dados.Este estudo foi submetido a consulta pela Comissão de Ética e Deontologia da Investigação da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (CEDI-FPCEUC), no âmbito das suas competências, tendo obtido parecer favorável. RESULTADOS ESPERADOS: Espera-se recolher uma amostra dos profissionais de saúde mental em Portugal por forma a caraterizar a literacia em saúde mental dos mesmos, mais especificamente a sua capacidade para: avaliar e intervir em langushing; a relação entre as suas caraterísticas socioprofissionais e o seu próprio bem-estar mental. Numa etapa posterior do estudo, pretende-se comparar os resultados do mesmo com os de outros países, através de um estudo transcultural.

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A depressão perinatal (depressão durante a gravidez, e primeiro ano após o parto) é geralmente associada a consequências negativas para a mãe e para o filho/a. É um problema de saúde pública devido à sua grande prevalência (cerca de 7-13% das mães) e aos seus custos socioeconómicos. Sabe-se que a depressão perinatal aumenta o risco de suicídio materno, sendo esta a causa de morte mais comum por parte de mulheres durante este período. No entanto, esta perturbação ainda é frequentemente desconhecida, não detetada e não tratada. Os obstáculos à procura de ajuda incluem o estigma, o medo de ser considerada “má mãe” e a falta de conhecimento e de experiência dos profissionais de saúde. Os profissionais de saúde (enfermeiros ou médicos) que trabalham na área obstétrica têm um papel fundamental na deteção de doentes com sintomas de depressão perinatal e na referenciação para profissionais de saúde mental. Vários estudos exploraram o conhecimento, as atribuições causais, representações e atitudes de mães perante a depressão perinatal. Apesar de estas se mostrarem disponíveis para falar sobre a sua saúde mental e bem-estar durante a gravidez (Nagle et al. 2018), também referem que caso experienciassem sintomatologia depressiva neste período, recorreriam primeiramente a familiares e amigos, mostrando alguma relutância em falar sobre isso com profissionais de saúde (medo de potenciais consequências negativas, tais como a criança ser referenciada aos serviços de proteção de menores e perda da sua guarda legal; Henshaw et. al. 2013; Millett et al. 2017). As mães também relatam estar mais dispostas a discutir questões de saúde mental com um profissional de saúde da área obstétrica do que com um profissional de saúde mental (Kingston et. al. 2014). Embora as atribuições causais relativas à depressão perinatal sejam multifatoriais, parece haver uma predominância de atribuições de natureza psicossocial (por exemplo, contexto familiar (multi) problemático; Henshaw et al. 2013) e a variações hormonais relacionadas com a gravidez (Henshaw et al. 2013; Habel et al. 2015). No geral, as mães têm atitudes maioritariamente positivas em relação a mães com depressão perinatal (Smith et al. 2019). Embora enfermeiros/as e médicos/as obstetras relatem estar dispostos a participar no rastreio da depressão perinatal, também referem a sua falta de experiência e desconforto na avaliação do risco de suicídio (Hauck et al. 2015; Lau et al. 2015; Noonan et al. al. 2018). As atribuições causais dos/as enfermeiros/as sobre a depressão perinatal permanecem desconhecidas. Os/as enfermeiros/as têm atitudes principalmente positivas em relação às mulheres com depressão perinatal (por exemplo, baixa perigosidade para os outros; crenças de que as mulheres podem recuperar e oferecer cuidados de qualidade aos seus filhos; Hauck et al. 2015; Noonan et al. 2018). No entanto, as suas atitudes em relação a essas mulheres parecem ser menos positivas em comparação com mulheres com problemas psicossociais ou deficiência física (Hauck et al. 2015). Não foram encontrados estudos que comparem mães/pais e enfermeiros/as e médicos/as obstetras no que diz respeito ao conhecimento, atribuições causais e representações sobre a depressão perinatal, bem como as suas atitudes em relação a mulheres com depressão perinatal. Justificando-se assim, a pertinência da elaboração deste estudo.

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PrevANS is the first online intervention for anxiety prevention to combine personalization with universal prevention. Anxiety is the fourth leading contributor to disease burden, a problem exacerbated by COVID-19. Treatment alone has been insufficient in reducing the high mental problems’ prevalence. PrevANS is an innovative solution to reduce anxiety disorder incidence in the general population through an online intervention based on a risk algorithm (predictA). This project aims to develop and implement prevANS in portuguese population and evaluate its effectiveness in preventing anxiety disorders, its cost-effectiveness and cost-utility, and acceptability and participants’ satisfaction, through a randomized controlled trial with two parallel arms (intervention group vs. control group) and three assessment periods (baseline, 6-month and 12-month follow-up). To date, no randomized controlled trial of a personalized universal anxiety preventive intervention was conducted in Portugal. Ultimately, this project aims to contribute to reducing the most prevalent mental health problem in Portugal by providing an empirically validated online self-guide intervention.

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Este projeto, proposto pela Cooperativa Catavento Gab: Gerações a Brincar, CRL, visa investigar o impacto de um programa de convívio e aprendizagem intergeracional regular no bem-estar psicossocial e na saúde de crianças (5-12 anos) e seniores (>65 anos, reformados). Inserido na área prioritária de Prevenção, Intervenção e Promoção da Saúde Psicológica, o estudo analisará melhorias no bem-estar emocional, redução de sintomas de ansiedade/depressão, diminuição de estereótipos sobre o envelhecimento, aumento da empatia e competências sociais em crianças, bem como a redução da solidão, sintomas depressivos e aumento da satisfação com a vida e bem-estar subjetivo em seniores. Adicionalmente, serão explorados impactos na saúde física (e.g., variabilidade da tensão arterial) e cognição nos seniores. Adotando um design quasi-experimental, longitudinal, com grupo de controlo não equivalente, a investigação combinará métodos quantitativos (questionários validados em pré e pós-teste) e qualitativos (entrevistas semiestruturadas com uma subamostra) ao longo de 18 meses. Espera-se demonstrar que a participação regular em atividades intergeracionais estruturadas promove significativamente a saúde psicológica, a coesão social e o desenvolvimento de competências em ambas as faixas etárias. Os resultados pretendem informar o desenvolvimento de práticas baseadas na evidência, contribuir para a definição de políticas públicas mais inclusivas e fornecer um modelo replicável para outros contextos comunitários, fortalecendo os laços entre gerações.

O projeto HiTOP-SR: Uma Nova Era para a Avaliação Psicológica (FOR.ALL) propõe a tradução, adaptação e validação do HiTOP-SR – Hierarchical Taxonomy of Psychopathology Self-Report, um instrumento de auto-relato desenvolvido por um consórcio internacional para a avaliação da psicopatologia com base em evidência empírica. A iniciativa multidisciplinar visa colmatar lacunas na avaliação psicológica em Portugal, nomeadamente a ausência de dados normativos e a limitação dos sistemas de diagnóstico tradicionais. Com o HiTOP-SR, pretende-se oferecer uma alternativa baseada em dados multicêntricos, de acesso gratuito e com maior validade científica. A adaptação seguirá as diretrizes internacionais para tradução e validação, promovendo assim a equidade no acesso ao diagnóstico e o desenvolvimento sustentável da e-saúde mental.

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RESULTADOS DE PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO

Margarida G. de Matos, Tânia Gaspar, Cátia Branquinho, Bárbara Moraes & Teresa Paiva

O presente estudo avaliou a Saúde Global da população (N= 7545) ao longo de quatro momentos da pandemia. Foi possível concluir que comparando o ano 2020, o período inicial da pandemia, com o ano 2021, houve um agravamento dos sintomas de depressão, ansiedade, irritabilidade, preocupação, bem como uma maior adopção de estilos de vida menos saudáveis. Nas conclusões, recomendam-se medidas como activação comportamental e a adopção de comportamentos pró-saúde para melhor adaptação às novas circunstâncias.

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Sofia Oliveira, Magda S. Roberto, Ana M. Veiga-Simão & Alexandra Marques-Pinto

Este estudo serviu para validar a Bateria de Avaliação de Competências Sociais e Emocionais de Adultos. Este é o primeiro instrumento teoricamente fundamentado, culturalmente adaptado e validado para a população adulta portuguesa, que permite, de forma parcimoniosa e com baixo custo-efectividade, avaliar os cinco domínios de Competências Sociais e Emocionais (i.e., autorregulação, autoconhecimento, consciência social, gestão dos relacionamentos e tomada de decisão responsável).

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Sofia Oliveira e colaboradores

Esta investigação consistiu no desenvolvimento e avaliação do programa de intervenção A+, uma intervenção portuguesa, universal e online, desenhada para professores, teórica e empiricamente fundamentada, que abrange os cinco domínios de Competências Sociais e Emocionais (CSE), e cujo desenvolvimento, implementação e avaliação considerou variáveis individuais e socio-contextuais. Os resultados do estudo demonstram a eficácia do programa A+ na promoção de CSE, da Saúde Ocupacional e do Clima Organizacional.

Meta-análise sobre CSE | Meta-análise sobre CSE e Burnout em professores | Instrumento de Avaliação do Clima Organizacional | Estudo quase-experimental do programa A+

Paula I. G. dos Santos & Marta S. Coelho

Esta investigação avaliou a utilidade de uma agenda terapêutica desenvolvida para idosos e idosas. Dos resultados do estudo sobressai a redução dos níveis de depressão e melhorias em diferentes indicadores de qualidade de vida (e.g., dor, vitalidade, desempenho emocional). Numa análise mais qualitativa, os inquiridos revelaram que a ferramenta foi uma oportunidade para desenvolver o auto-conhecimento.

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Marta Pereira & Ana M. Gomes

A presente investigação quantitativa e transversal analisou a qualidade do sono, o autocuidado e a autocompaixão em 124 psicólogos clínicos e psicoterapeutas membros efectivos da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP). A amostra incluiu profissionais de ambos os sexos, entre 24 e 64 anos. A análise dos dados demonstrou uma baixa qualidade do sono, níveis de autocuidado superiores à média e, por fim, níveis de autocompaixão moderados a elevados. Ainda, encontraram-se associações significativas entre autocompaixão e qualidade do sono, e entre autocompaixão e quatro dimensões do autocuidado. Esta análise revelou a existência de associações positivas entre diversas variáveis sociodemográficas e a autocompaixão, nomeadamente as habilitações literárias, equilíbrio diário e estratégias cognitivas de autocuidado e a autocompaixão. Noutro sentido, identificou-se uma associação negativa entre a carga horária semanal e o equilíbrio diário. Por fim, os participantes relataram aumento da carga laboral e horária desde o início da pandemia.

Maria Inês Clara, Kevin Stein, Maria Cristina Canavarro & Ana Allen Gomes

A fadiga é uma experiência individual e subjectiva, pelo que deve ser avaliada através de medidas de auto-relato. Traduzimos e adaptámos uma medida internacional usada na avaliação da fadiga (o Multidimensional Fatigue Symptom Inventory–Short-Form, ou MFSI-SF) para português-europeu e avaliámos as propriedades psicométricas da versão portuguesa. O Inventário Multidimensional de Sintomas de Fadiga-Forma Reduzida (IMSF-FR) revelou-se um instrumento válido e fiável para avaliar a fadiga em portugueses saudáveis, com doença oncológica ou outra doença crónica. O IMSF-FR conseguiu ainda predizer a capacidade funcional dos doentes oncológicos. Até à data, trata-se do único instrumento aferido no nosso país para avaliação da fadiga associada ao cancro. Ao permitir uma caracterização relativamente breve, mas integrada e compreensiva da fadiga (i.e., mental, física, emocional e geral), o IMSF-FR pode ser muito útil para investigadores e profissionais de saúde – incluindo para screening da intensidade, padrões de sintomas e impacto funcional da fadiga, ou para avaliar a eficácia de intervenções com o objectivo de reduzir a fadiga. Este estudo, que contou com a colaboração do Centro Hospitalar do Médio Tejo e a medida AISP da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

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Ângela Romão & Isabel Correia

O presente estudo teve como objectivo analisar o impacto de diversos factores psicossociais relacionados ao trabalho na saúde e bem-estar dos cuidadores informais portugueses durante a pandemia de COVID-19. Para isso, foi utilizada a versão portuguesa do Copenhagen Psychosocial Questionnaire II (COPSOQ II), um dos métodos de avaliação de risco psicossocial mais utilizados em contextos formais de trabalho. Os resultados revelaram que os cuidadores informais portugueses estão expostos a um ambiente de trabalho altamente exigente, combinado com uma exposição limitada a factores de protecção. Além disso, quando considerados em conjunto, apenas alguns factores psicossociais tiveram um impacto significativo na sua saúde e bem-estar: as exigências do trabalho como factores de risco; e a previsibilidade, transparência do papel laboral e uma relação de confiança com o Estado Português como factores de protecção. Acreditamos que este estudo tem o potencial de aumentar a compreensão da realidade dos cuidadores informais portugueses e, consequentemente, informar práticas e políticas para prevenir factores de risco, reforçar factores de protecção e promover a saúde e bem-estar destes cuidadores, garantindo a qualidade dos cuidados que prestam.

Ângela Romão & Isabel Correia

A presente investigação analisou o papel da desumanização dos cuidadores informais e da Crença no Mundo Justo (CMJ) dos observadores como possíveis mecanismos defensivos que legitimam a situação desfavorecida em que os cuidadores informais se encontram. Através de dois estudos experimentais online, concluiu-se que os cuidadores informais foram desumanizados em comparação aos não-cuidadores, uma vez que lhes foram negados traços exclusivamente humanos. Este fenómeno foi especialmente observado entre os participantes com uma maior CMJ. Os resultados mostraram ainda que a desumanização dos cuidadores informais actuou como um processo subjacente na relação entre a CMJ dos participantes e a minimização percebida do sofrimento dos cuidadores informais. Esta investigação contribui para uma melhor compreensão dos mecanismos subjacentes à falta de reconhecimento social dos cuidadores informais e fornece informações valiosas sobre potenciais estratégias de intervenção para melhorar a sua situação.

Paula I. G. dos Santos, Beatriz Saraiva, Marta Coelho, Edgar Mesquita

Esta investigação envolveu 60 casais e usou questionários e entrevistas para explorar a utilidade e efeito da ferramenta “Bloco de Notas Terapêutico para Casais” na satisfação conjugal. Os resultados parecem apontar para melhorias na satisfação e bem-estar dos casais, sugerindo que a ferramenta em estudo pode ser útil na intervenção psicológica junto de casais.

Paula Isabel Gonçalves dos Santos

Antecedentes: Fatores como diversão, liberdade, prazer, satisfação, autocrescimento e felicidade são promotores de uma boa saúde mental. O indivíduo procura, de forma constante, fomentar o seu autocrescimento e, consequentemente, promover a sua felicidade. Objetivos: Este estudo teve como objetivo explorar a utilidade clínica de uma ferramenta terapêutica, apelidada de “Mapa das Emoções e Conquistas”, desenvolvida de raiz pela autora correspondente, abordando os conceitos de autocrescimento e felicidade, bem como a possibilidade inerente ao ser humano de se superar, mudar e crescer. Métodos: A uma amostra de 110 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos (M = 41.33; DP = 15.32), foi aplicado um questionário sociodemográfico, o instrumento “Échelle de Mesure des Manifestations du Bien-Être Psychologique” e uma entrevista semiestruturada, com o intuito de compreender a utilidade clínica do Mapa das Emoções e Conquistas. Resultados: Os resultados demonstram claramente que a ferramenta é benéfica e clinicamente eficaz, uma vez que as pontuações obtidas, no segundo momento de avaliação (após uso da ferramenta), foram superiores ao primeiro momento, independentemente do género e idade do participante. Discussão: Foram encontrados resultados promissores ao nível da saúde mental, o que dá ênfase à importância dos conceitos de autocrescimento e felicidade. Os dados apresentados apontam que esta técnica é eficiente na consolidação da relação terapêutica e no autocrescimento.

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